Domingo estava sonhando acordado com um cachorrinho. Olhava na internet sites de canis de Porto Alegre, até mandei alguns email's perguntando preço e disponibilidade. Por ter tomado chimarrão o dia inteiro, da hora que acordei até, praticamente, a hora de deitar, não consegui dormir a noite e continue pensando no cachorrinho - queria que fosse preto e fêmea. Pela manhã, ao fazer a lista de compras do mercado, ainda mexi com a Sandra dizendo que tinha posto um cachorrinho na lista. Sai e fui para o carro aquecê-lo enquanto esperava a família se aprontar. Não é que de repente aperece na minha frente uma filhote preta, lindinha. Não tive dúvida, coloquei pra dentro do pátio da casa, dei um pão e fomos embora para o trabalho, senão nos atrasaríamos. Depois liguei e pedi pra Bel que colocasse comida pra ela e água. Fiz isso pensando que se a deixasse solta no condomínio com certeza seria enxotada para a rua e morreria atropelada. Após voltar do trabalho a Sandra já tinha tudo resolvido, tinha conseguido para quem dar a cachorrinha. Tive de limpar toda sujeira sozinho.
Eu pedi, Deus muito sabiamente me atendeu e me mostrou que meu pedido era inviável, não dá pra eu ter um cachorro sem pátio. A sujeira e o mau cheiro são insuportáveis!
Está certo que o carinho, a atenção que um bichinho dispensa pra gente são impagáveis, mas temos de pensar na recíproca - ele merece igual atenção, carinho e espaço para ter uma vida saudável.
Tudo se deu da melhor forma possível, nós ficamos como estávamos, eu sem o pensamento fixo de ter um cachorrinho e ela, a cadelinha, com um novo lar, com pátio e muita atenção, pois foi para um casal bem jovem, legal e sem filhos.
Obrigado meu Pai!
