ZH - 28/04/2011: Supremo mantém mudança nas jornadas de professores
Secretário e Cpers divergem sobre forma de cumprimento das horas asseguradas para planejamento
Estados e municípios sofreram ontem uma nova derrota no Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte manteve a regra que garante aos professores da Educação Básica o direito de ficar fora da sala de aula durante um terço da jornada de trabalho para planejamento de aulas e aperfeiçoamento profissional. Embora a medida ainda possa ser rediscutida pela Corte, a polêmica entre governo do Estado e Cpers-Sindicato é o local em que esta carga horário deverá ser cumprida.
Apesar de o Estado ter movido ação contra a medida, o secretário da Educação, Jose Clovis Azevedo, apoia a existência de atividades extraclasse, e salienta que o cumprimento deve ocorrer dentro das escolas, e não em casa.
Estados e municípios sofreram ontem uma nova derrota no Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte manteve a regra que garante aos professores da Educação Básica o direito de ficar fora da sala de aula durante um terço da jornada de trabalho para planejamento de aulas e aperfeiçoamento profissional. Embora a medida ainda possa ser rediscutida pela Corte, a polêmica entre governo do Estado e Cpers-Sindicato é o local em que esta carga horário deverá ser cumprida.
Apesar de o Estado ter movido ação contra a medida, o secretário da Educação, Jose Clovis Azevedo, apoia a existência de atividades extraclasse, e salienta que o cumprimento deve ocorrer dentro das escolas, e não em casa.
Ah tá! Primeiro este governo que se diz pela educação entra com uma ação contra a medida que garante aos professores 1/3 de seu horário para planejamentos. Não obtendo êxito, continua a querer infernizar a vida dos professores - que até então fazia estas atividades sem qualquer pagamento, ocupando o tempo que tinham com a família para garantir seu bom desempenho - em pesquisas e planejamentos.
Para o secretário, o bom aproveitamento do horário fora das salas de aula passa pela conscientização de que o período tem de ser de trabalho. Para tanto, deve ser cumprido dentro das escolas, que devem oferecer locais para os professores passarem esse tempo de planejamento ou aperfeiçoamento.
Para o secretário, o bom aproveitamento do horário fora das salas de aula passa pela conscientização de que o período tem de ser de trabalho. Para tanto, deve ser cumprido dentro das escolas, que devem oferecer locais para os professores passarem esse tempo de planejamento ou aperfeiçoamento.
Além de mal intencionados, são burros, o fato de os professores terem que utilizar este tempo para planejamentos nas escolas, acarreta mais despesas - água, luz, além de espaço físico próprio, o que, sabemos, afinal não é nenhum segredo, falta e muito nas nossas escolas até para as crianças.
Isso acarretaria também um ônus desnecessário para os professores, com transporte, e tomaria mais tempo no deslocamento.
– Essa legislação, se bem aproveitada, será positiva. Não é um tempo de ócio ou lazer, e deve ser cumprido em local de trabalho. A escola tem que se preparar para ter esse espaço para os professores – afirmou.
Presidente do Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul (Cpers), Rejane de Oliveira criticou a posição de Azevedo. Segundo a dirigente, a lei aponta que o professor deve passar dois terços da sua carga horária com o aluno e um terço em hora-atividade. Na avaliação de Rejane, isso pode inclusive ocorrer na casa do docente, onde ele acumula o material das aulas.
O secretário garantiu haver um plano de abrir concurso público, no segundo semestre deste ano, para suprir o Estado de professores, possibilitando, no ano que vem, o cumprimento da jornada extraclasse. Rejane ressaltou que a realização de concurso é compromisso firmado com a categoria no início do ano.
Conforme estimativas recentes da Confederação Nacional de Municípios (CNM), com a confirmação do direito dos professores de gastar parte da carga horária com atividades externas, as prefeituras terão de contratar mais 180 mil profissionais para assegurar aos estudantes quatro horas diárias em sala de aula. Isso representará um impacto de R$ 3,1 bilhões nas contas dos municípios.
O julgamento de ontem no STF terminou empatado em cinco a cinco. Nesses casos de empate, há um entendimento do STF segundo o qual a ação deve ser julgada improcedente. Por isso, o assunto poderá ser debatido de novo, no futuro, caso outros Estados ou municípios entrem com ações na Justiça.
Fonte: Jornal Zero Hora - 28/04/2011
Ser professor num país como o Brasil ainda é um ato de doação incondicional - não há respeito, os salários continuam baixos, as atividades extraclasse não são consideradas como trabalho.
Além do tempo em que passam na escola e em outra atividades relacionadas diretamente ao ensino, abdicam do convívio de suas famílias para dedicarem-se a planejamentos, pesquisas e projetos.
Atualmente está sendo questionado, inclusive no judiciário, a inclusão das atividades extraclasse na carga horária semanal. Discute-se onde deve ocorrer esta atividade.
Uma opinião: para evitar maiores prejuízos para os professores, bem como para a instituição de ensino, estas atividades deveriam ser feitas em casa - proporcionando assim uma redução de despesas com transporte, luz, água, espaço próprio.
Vem um questionamento prático: O tempo destinado à atividades extraclasse será mesmo utilizado para este fim? Simples, basta que Diretores(as), Supervisores(as), Pais e responsáveis cobrem o desempenho deles em suas atividades. Não é justo que o bom profissional pague pelo ruim.
Quem sabe com mais incentivo e cobranças até mesmo aqueles que já não se dedicam como deveriam voltem a se estimular, a amar aquilo que fazem - porque o PROFESSOR é um idealista, um sonhador que busca realizar seu sonho. Sonho este que não poderia ser mais bonito: UM MUNDO MELHOR! Porque só através da educação podemos acabar com a violência, a fome, a doença e tantos outros problemas que nos afetam.
– Essa legislação, se bem aproveitada, será positiva. Não é um tempo de ócio ou lazer, e deve ser cumprido em local de trabalho. A escola tem que se preparar para ter esse espaço para os professores – afirmou.
Presidente do Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul (Cpers), Rejane de Oliveira criticou a posição de Azevedo. Segundo a dirigente, a lei aponta que o professor deve passar dois terços da sua carga horária com o aluno e um terço em hora-atividade. Na avaliação de Rejane, isso pode inclusive ocorrer na casa do docente, onde ele acumula o material das aulas.
O secretário garantiu haver um plano de abrir concurso público, no segundo semestre deste ano, para suprir o Estado de professores, possibilitando, no ano que vem, o cumprimento da jornada extraclasse. Rejane ressaltou que a realização de concurso é compromisso firmado com a categoria no início do ano.
Conforme estimativas recentes da Confederação Nacional de Municípios (CNM), com a confirmação do direito dos professores de gastar parte da carga horária com atividades externas, as prefeituras terão de contratar mais 180 mil profissionais para assegurar aos estudantes quatro horas diárias em sala de aula. Isso representará um impacto de R$ 3,1 bilhões nas contas dos municípios.
O julgamento de ontem no STF terminou empatado em cinco a cinco. Nesses casos de empate, há um entendimento do STF segundo o qual a ação deve ser julgada improcedente. Por isso, o assunto poderá ser debatido de novo, no futuro, caso outros Estados ou municípios entrem com ações na Justiça.
Fonte: Jornal Zero Hora - 28/04/2011
Ser professor num país como o Brasil ainda é um ato de doação incondicional - não há respeito, os salários continuam baixos, as atividades extraclasse não são consideradas como trabalho.
Além do tempo em que passam na escola e em outra atividades relacionadas diretamente ao ensino, abdicam do convívio de suas famílias para dedicarem-se a planejamentos, pesquisas e projetos.
Atualmente está sendo questionado, inclusive no judiciário, a inclusão das atividades extraclasse na carga horária semanal. Discute-se onde deve ocorrer esta atividade.
Uma opinião: para evitar maiores prejuízos para os professores, bem como para a instituição de ensino, estas atividades deveriam ser feitas em casa - proporcionando assim uma redução de despesas com transporte, luz, água, espaço próprio.
Vem um questionamento prático: O tempo destinado à atividades extraclasse será mesmo utilizado para este fim? Simples, basta que Diretores(as), Supervisores(as), Pais e responsáveis cobrem o desempenho deles em suas atividades. Não é justo que o bom profissional pague pelo ruim.
Quem sabe com mais incentivo e cobranças até mesmo aqueles que já não se dedicam como deveriam voltem a se estimular, a amar aquilo que fazem - porque o PROFESSOR é um idealista, um sonhador que busca realizar seu sonho. Sonho este que não poderia ser mais bonito: UM MUNDO MELHOR! Porque só através da educação podemos acabar com a violência, a fome, a doença e tantos outros problemas que nos afetam.