segunda-feira, 11 de abril de 2011
O MATADOR DE CRIANCINHAS
Sei que todos estão revoltados, horrorizados, enojados, feridos em sua humanidade - EU TAMBÉM - mas ontem discuti sobre o assunto e não concordaram comigo. Eu sofro pelas crianças e também pelo matador. É isso mesmo, por ele também, era um louco psicótico, com raiva do mundo, sem nenhum amor pela vida - tanto de seu semelhante, quanto a sua. Vejam bem, não estou julgando-o ou inocentando-o, mas se uma criança, ou adulto, com alguma deficiência mental me ferir, não posso revidar, achar que por isso ela é má. O mal está presente na mente que pensa lúcida, que tem governo sobre suas próprias atitudes, e o abraça em seu proveito ou, simplesmente, deleite. Esse rapaz não se enquadra nesta definição. Ele não era mau, era louco. Senti e sinto uma enorme dor pela perda destes anjos que se foram, por suas famílias, amigos, colegas... Mas não consigo sentir ódio pelo matador. Sentir ódio, vontade de matá-lo, torturá-lo, isso não me colocaria num nível semelhante ao dele?! Tenho eu mais direito de ferir ou matar alguém só porque este alguém feriu ou matou alguém. Não! Eu não tenho. Começo a entender o pensamento dos Movimentos de Defesa dos Direitos Humanos que muitas vezes chamamos preconceituosamente de "Direito dos Manos". Eles defendem a vida de matadores. Repito: não temos o direito de tirar a vida de alguém que tirou uma vida, "um erro não justifica outro!". Perdoem-me aqueles que divergirem de minha opinião, respeito suas posições, não que as corrobore. A vida e morte a Deus pertence, a Ele cabe decidir nosso início e nosso fim.
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