Fui numa festa da escola municipal onde minha esposa trabalha neste sábado passado, dia 21 de maio. Antes dessa escola ela trabalhou em outra, também do município, que, a princípio, deveria ter as mesmas condições da que ela está. Não tem!
É espantoso o que uma pessoa unicamente pode fazer para mudar o mundo. O mundo não é o planeta terra inteiro e todo ao mesmo tempo, é o mundo que está ao seu redor. Se cada um fizer a sua parte, simplesmente fizer o que tem que fazer já é o suficiente para transformar a realidade dura em que vivemos num lindo sonho real, uma quase utopia.
Na outra escola minha esposa trabalhava incansável tentando mudar a mentalidade dos que a rodeavam, suas colegas e famílias, mas elas estavam na chamada "situação de conforto" onde não se faz nada para não aumentar ainda mais o que se tem pra fazer. Questiono-me, como é habitual, quem foi que criou este conceito ridículo e absurdo.Será que estas pessoas que pensam assim não tem vontade nenhuma de melhorar ou de ver melhorar a vida de quem as rodeia, suas famílias, amigos, vizinhos.
Nesta escola onde minha esposa trabalha, a diretora é rigorosa, cobra o tempo inteiro que o trabalho seja feito e de forma apropriada. Ela mesma também faz seu trabalho com o rigor que cobra das demais educadoras. Busca de todas as formas melhorar ainda mais a qualidade do serviço prestado as crianças e a comunidade. Bonito de se ver, dá vontade de ajudar, acredito que não só a mim, mas também aos demais que a rodeiam. Minha esposa comentou que um pai que estava ali na festa costuma executar consertos nas dependências da escola, é disso que se precisa.
Chega de ficar esperando que governo federal, estadual ou municipal façam tudo que for preciso, nós mesmos podemos dar nossa colaboração e fazer de nossas escolas, comunidades, lugares melhores.
A educação é tudo. O professor é a peça fundamental para o mundo, é dele que vem praticamente todo o conhecimento, dele e de nossas famílias.
Devem estar perguntando porque o título deste post é "Nós e os japoneses", é que comentando sobre isto tudo que falei, disse que admiro o povo japonês porque eles sabiam e agiam assim desde a origem de sua cultura, sempre trabalharam para o bem comum. Tipo "Os Três Mosqueteiros": "Um por todos e todos por um".
Alguém me disse estes dias, durante aquelas catástrofes naturais e tecnológicas que aconteceram no Japão: "como pode alguém continuar trabalhando nestas áreas radiotivas como se nada houvesse, eles não tem medo de morrer?!" A resposta é simples, pelo menos na mentalidade super evoluída dos japoneses, alguém tem que fazer o trabalho, muitos dependem da continuidade do que fazem, então continuam suas atividades, é preciso.
Precisamos desta mentalidade, precisamos fazer a nossa parte, vivemos num país maravilhoso, onde as catástrofes nem se comparam como as de outros países e mesmo assim muitos perdem suas vidas por falta de auxílio numa simples enchente, num vendaval. Somos irmãos, não inimigos, devemos também trabalhar para o bem comum, o bem comum é o nosso bem.
Estou fazendo a minha parte, estou ajudando minha esposa a fazer a dela também, ensino a meus filhos que fazer o certo não é uma opção, é obrigação. Não estou fazendo uma favor à alguém fazendo meu próprio trabalho, faço porque tem que ser feito. Ajudo a todos que me rodeiam, de uma forma ou de outra, isso é ser humano.